Zona Sul: preços de imóveis caem e demanda cresce

O valor médio do metro quadrado de apartamentos para venda e locação na Zona Sul do Rio voltou ao patamar de seis anos atrás. Para locação, o valor de R$ 40,63 apurado em agosto deste ano é menor que os R$ 48,65 de março de 2012. Para venda, o preço de R$ 13.469 se aproxima do praticado em 2013. Com os preços mais em conta, a procura por imóveis na região aumentou 39% no primeiro semestre de 2018 em relação ao mesmo período do ano passado.

Os dados foram mostrados na apresentação do Cenário do Mercado Imobiliário da Zona Sul do Rio, nesta quarta-feira (5/9), no WeWork, em Ipanema. O vice-presidente do Secovi Rio, Leonardo Schneider, afirmou que, além da conjuntura política e econômica, a vulnerabilidade na segurança pública e o aumento expressivo da oferta vêm gerando queda de preços.

“Existem mais de 6 mil imóveis para serem alugados na Zona Sul atualmente, número 560% maior que o que tínhamos em 2012. Para venda, são 13,4 mil unidades, 23% a mais que há seis anos”, afirmou o dirigente. Tatiane Guelfi, da OLX, acrescentou que Copacabana, Botafogo e Flamengo são os bairros mais consultados para locação e venda. E as unidades compactas são as preferidas, não só nesta região do Rio como em todo o País.

“No Rio, 58% das buscas na OLX são de imóveis para alugar. Na Zona Sul, esse índice sobe para 66%. Em sete dos dez bairros mais procurados, mais de 50% das buscas são para locação de imóveis de 1 quarto”, especificou Tatiane.

Convênio

Na abertura do evento, o presidente do Secovi Rio, Pedro Wähmann ressaltou a importância das pesquisas imobiliárias para entender o comportamento do mercado. “Embora a série histórica não seja muito boa, as projeções de futuro do segmento têm gerado boas expectativas. Já se notam alguns sinais de recuperação, creio que mais pra frente tenhamos um cenário mais promissor”, disse.

Wähmann convidou em seguida o presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobilário (Ademi-RJ), Claudio Hermolin, para assinar um convênio que tem como objetivo aprimorar a pesquisa e análise do mercado imobiliário, contemplando os segmentos de incorporação, construção, lançamentos e vendas de imóveis novos e usados, por meio da troca de dados fornecidos por ambas as entidades.

“No momento atual o espírito é de parceria, temos que nos unir para fazer com que o mercado volte a crescer. Por isso é importante que compartilhemos um número cada vez maior de informações, contribuindo para a tomada de decisões”, ratificou Hermolin.

O Cenário do Mercado Imobiliário da Zona Sul do Rio – pesquisa elaborada pelo Secovi Rio com acompanhamento semestral dos preços de venda e locação de imóveis residenciais e comerciais, bem como com informações sobre condomínios –, conta com o patrocínio da Alterdata Tecnologia em Informática e da OLX, e com o apoio da SiiLA Brasil.

O diretor da Alterdata, Rodrigo Mendes, afirmou. “A empresa tem 29 anos no mercado e começamos desenvolvendo ferramentas para facilitar o trabalho de empresas contábeis e contadores. Mas há seis anos criamos uma unidade de negócios para o mundo imobiliário, desenvolvendo sistemas para administração de condomínios e gestão de imóveis para locação e venda”.

O executivo citou o Immobile Condomínio, um aplicativo desenvolvido para condôminos terem acesso rápido a informações do dia a dia, entre elas reserva de espaços e leitura de documentos. “A solução, integrada à internet, facilita a comunicação entre síndicos, condôminos e administradora, agilizando o atendimento e reduzindo custos”.

Boas perspectivas para o segmento comercial

Embora apenas 1% do estoque de imóveis corporativos de padrão A e A+ estejam na Zona Sul, a taxa de vacância, de 28%, é uma das menores da cidade. No Porto Maravilha, esse índice sobe para 66%, e no Centro chega a 32%. A infraestrutura e o glamour da região influenciam também nos preços. Segundo Giancarlo Nicastro, CEO da SiiLA Brasil, referência em informação sobre imóveis comerciais no País, o preço médio do metro quadrado em espaços de alto padrão é de R$ 163,65, o mais alto da cidade. No Centro, o valor é de R$ 122,54, e no Porto, R$ 120,66.

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