Preços de imóveis disparam na Região Oceânica de Niterói

Nos últimos 12 meses, os apartamentos de Niterói tiveram queda de 2,2% no preço do metro quadrado de venda, enquanto casas de rua e de condomínio apresentaram movimento contrário, com valorização média de 0,8% e de 3,7%, respectivamente. Os dados constam na pesquisa Cenário do Mercado Imobiliário de Niterói 2018, que o Sindicato de Habitação Rio (Secovi-Rio) apresentará a empresários do setor terça-feira. A análise, que compreende o período de agosto de 2017 a agosto deste ano, foi antecipada com exclusividade ao GLOBO-Niterói.

Apesar de o mercado vir sofrendo com a queda de preços devido ao aumento da oferta, à crise econômica e à violência, o estudo indica que a Região Oceânica foge a essa regra. Em Piratininga, os preços de apartamentos e casas à venda tiveram aumento de 4,8%. Mas a variação mais impressionante ocorre nos preços de casas de condomínio: o valor do metro quadrado saltou de R$ 4.184 para R$ 5.084, indicando um reajuste de 21,5%, o maior da cidade. Em Camboinhas, o aumento foi de 8%; e em Itaipu, de 10%.

O presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi) de Niterói, Bruno Serpa Pinto, explica que a valorização dos bairros oceânicos se deve às recentes obras de mobilidade e infraestrutura ali realizadas. Ele acredita que a tendência, nos próximos anos, é que a região se valorize como a Barra da Tijuca, no Rio: – Além de ser atraente por estar muito próxima ao litoral, a Região Oceânica, que era muito carente de infraestrutura, vem recebendo obras de drenagem, mobilidade e asfaltamento recentemente. O novo túnel também deixou a região mais próxima do restante da cidade, o que contribuiu para o crescimento da demanda por imóveis e, consequentemente, a elevação dos preços.

Os dados do Secovi-Rio mostram ainda que o cenário é de oportunidade de bons negócios para quem procura imóvel na Zona Sul, que reúne os bairros com a maior desvalorização de toda a cidade. O Ingá registrou a maior queda de preços. Apartamentos ali perderam 4,9% do valor; e as casas se desvalorizaram ainda mais: 12,8%.

FALTA DE OPÇÕES

Segundo Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi-Rio, a queda nos preços está ligada à insegurança e à falta de empreendimentos que ofereçam novidades para o comprador: -Em bairros como Icaraí, o fenômeno é exatamente o inverso ao observado na Região Oceânica. Na Zona Sul há baixíssimo estoque de novas unidades e altíssimo adensamento urbano . Terça-feira, das 8h30m às 11h30m, o Secovi-Rio apresentará o estudo detalhado sobre o mercado imobiliário no auditório da Ademi-Niterói. Gratuitas, as inscrições são limitadas a 120 participantes e devem ser feitas pelo site do sindicato.

-Este é o terceiro ano seguido que apresentamos esse panorama. O objetivo do estudo é auxiliar os empresários e moradores com indicações claras de como anda o mercado imobiliário na cidade – conclui Schneider.

 

FONTE: O Globo

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