Dia do Porteiro celebra categoria profissional

Os porteiros são conhecidos por todos da vizinhança. Na maioria das vezes, estão sempre dispostos a dar uma força em qualquer situação, o que acaba criando laços de amizade com os moradores. Também acabam ficando mais expostos aos perigos vindos da rua. No próximo sábado, dia 9, é comemorado o dia desse profissional. Para marcar a data, o DIA procurou personagens para contar histórias do dia a dia de trabalho.

Faltando apenas 11 dias para a Copa do Mundo da Rússia, o porteiro Samuel Assis, 68 anos, se prepara para vestir a camisa e outros adereços do Brasil. Com 18 anos de trabalho em um prédio no bairro de Santa Rosa, em Niterói, o chefe da portaria conta que ele vira atração em épocas comemorativas.

“Me visto de Papai Noel, de caipira na época da festa junina, e no carnaval me fantasio de gladiador. Agora, estou me preparando para vestir verde e amarelo para a Copa do Mundo. Os próprios moradores me cobram e ficam perguntando o que vou usar. Já me pediram várias fantasias”, conta Samuel Assis.

Segundo o porteiro, ele já recebeu pedidos para trabalhar em outro condomínio, mas recusou devido os laços de amizade que criou com os moradores. Na Freguesia, Zona Oeste do Rio, o porteiro Fernando Ribeiro, de 53 anos, conta que o aspecto mais positivo do trabalho é justamente o de fazer novos amigos entre os moradores. “Sempre tento ajudar todo mundo e eles acabam me auxiliando também. Costumo dizer que eles não são meus patrões, mas sim meus amigos”, diz.

FUNÇÕES ADICIONAIS

Atualmente, os porteiros fazem muito mais do que os afazeres próprios da categoria. Para se preparar para situações não corriqueiras, existem cursos e treinamentos para os profissionais se especializarem ainda mais.

“Eles carregam consigo a responsabilidade de zelar pela segurança e pelo bem estar geral de uma coletividade, por isso devem ser treinados e reconhecidos”, afirma o gerente geral de condomínios da Apsa, Jean Carvalho.

Mercado disponibiliza cursos de especialização

No mercado, existe uma gama de opções direcionadas para os diferentes aspectos da atuação. As unidades regionais do Senac e do Sindicato da Habitação (Secovi-Rio) são referência neste tipo de formação, mas há outras instituições educacionais que também oferecem qualificação.

Empresas e órgãos públicos tendem a oferecer treinamentos específicos, como os cuidados necessários para lidar com idosos, primeiros socorros, prevenção e combate a incêndios, entre outros. Em 2017, por exemplo, a PM do Rio ofereceu um curso de segurança para a categoria.

Para este mês, o Secovi Rio prepara dois cursos voltados para os porteiros – ‘Chefe de Portaria’ e ‘Qualidade nos Serviços de Portaria’. O primeiro pretende ensinar habilidades e atitudes para motivar e liderar grupos. As aulas ocorrerão entre os dias 11 e 14, das 13h30 às 17h15.

Já o último procura mostrar ao profissional todas as suas responsabilidades e atitudes necessárias para realizar as atividades de portaria de maneira correta. As aulas estão marcadas para os dias 25, 26, 28 e 29, das 13h30 às 17h15.

Renda extra para porteiros que indicam empreendimento para aluguel

Quem mais conhece os proprietários e moradores de um edifício residencial é, invariavelmente, o porteiro. Na hora de buscar indicações sobre unidades disponíveis e até as características da vizinhança, são eles as fontes mais seguras de informação. Não por acaso, esses profissionais são o foco da campanha do aplicativo QuintoAndar, empresa especializada em locação de imóveis.

A partir de agora, cada indicação de imóvel disponível para alugar que resulte em cadastro no aplicativo renderá R$ 100 para o porteiro autor da dica. E, em caso de concretização do aluguel, o porteiro recebe mais R$ 300.

“Os porteiros são os primeiros a saber quando um imóvel está disponível e, no QuintoAndar, achamos que isso é bem importante. Queremos que o porteiro seja nosso parceiro, indicando imóveis e ajudando a transformar as visitas feitas por interessados e corretores em momentos agradáveis, da forma mais simples possível”, explica André Penha, um dos fundadores do aplicativo.

O projeto já existe nas cidades de São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia e Belo Horizonte, e conta com mais de 11 mil porteiros cadastrados.

No sistema de indicações, o porteiro informa, por meio do WhatsApp, o nome e o contato do proprietário que busca locatário. O resto é com a empresa, que entra em contato com o dono do imóvel e o auxilia a anunciar. Assim, os porteiros passam a ter, na plataforma de aluguel, uma oportunidade de renda extra.

(Fonte: O Dia, Marina Cardoso)

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