Mercado imobiliário chinês vai enfrentar recessão em 2019

O mercado imobiliário chinês vai enfrentar uma recessão em 2019, segundo um relatório publicado nesta terça-feira (13/11) pelo banco estatal de investimento Corporação Internacional de Capital da China (CICC), confirmando o receio de vários analistas.

O documento prevê um “decréscimo significativo” das vendas, investimento e novas construções, no próximo ano, o que já levou muitas promotoras a cancelar a compra de terrenos, face à contração do mercado.

Pequim “deve alterar as políticas destinadas a arrefecer o mercado imobiliário”, recomenda a CICC, nomeadamente através da redução do valor mínimo de entrada na compra de um imóvel, facilitar o acesso ao crédito e reduzir as taxas de juro.

A mesma nota refere que, devido à baixa procura, em setembro e outubro os proprietários tiveram de fazer “grandes promoções”, incluindo oferecer carros na compra de habitação ou baixar os preços até 30%, o que levou a protestos dos anteriores compradores, que pagaram preços mais altos.

Os últimos dados revelam uma queda do investimento no setor imobiliário de 8,9%, em setembro, e 9,2%, em agosto. A CICC considera “provável” que a venda de propriedades na China “abrande [em 2019], pela primeira vez em cinco anos”, apontando para uma queda de 10%, tanto no volume de vendas como nos preços.

O investimento e as novas construções também devem registar uma queda de 5% e 10%, respectivamente. O mercado imobiliário é um dos principais motores de crescimento da economia chinesa e os economistas temem que sinais de sobre-endividamento dos construtores abalem o sistema financeiro do país. No espaço de uma década, enquanto as economias desenvolvidas estagnaram, a China construiu a maior rede ferroviária de alta velocidade do mundo, mais de oitenta aeroportos e dezenas de cidades de raiz, alargando a classe média chinesa em centenas de milhões de pessoas.

Fonte: portal Ponto Final

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