Localização, arquitetura, tecnologia e segurança são atributos essenciais de casas e apartamentos que chegam a custar mais de R$ 100 milhões. Diferenciais como estilo, comodidade e acabamento refinado também são exigências de um público formado por empresários, executivos e investidores. Um dos setores menos afetados pela recessão, o mercado de imóveis de luxo mantém-se valorizado. Vendas e lançamentos, que haviam desacelerado nos últimos anos, voltaram a subir, estimulados pelos sinais de recuperação econômica e pela queda dos juros.
Os negócios nesse mercado demandam discrição e exclusividade. Imobiliárias especializadas oferecem consultoria personalizada e investem em corretores de alto nível, bem informados também sobre outros assuntos e capazes de manter uma conversa variada com esse público.
No Rio, a RJZ Cyrela, braço carioca da Cyrela, vendeu na semana de lançamento, em novembro do ano passado, 80% das unidades de um empreendimento no Aterro do Flamengo, com 148 apartamentos, por preços entre R$ 3 milhões e R$ 3,5 milhões. Antiga sede do Clube de Regatas do Flamengo, com vista para o Parque do Flamengo e o Pão de Açúcar e batizado de Rio by Yoo, o prédio havia sido arrendado anteriormente por Eike Batista, para transformá-lo em hotel, projeto que acabou abandonado.
Hoje, de acordo com Marcelo Parreira, gerente-geral de incorporação e produto da RJZ Cyrela, resta só uma unidade. Do total de compradores, 22 arremataram mais de um apartamento.
Abalado por uma crise aguda e pela falta de controle da violência, o Rio reage mais lentamente. “É um mercado que está se recuperando aos poucos”, diz Leonardo Schneider, vice-presidente do Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro (Secovi Rio). É também um mercado restrito, com poucos terrenos disponíveis, localizados na Zona Sul e alguns pontos da Barra da Tijuca.
FONTE: Valor Econômico