SECOVI/SP recebe a 14ª edição do ADIT Invest

Aconteceu, nesta terça-feira (06), a 14ª edição do ADIT Invest. O evento foi sediado na sede do SECOVI SP e promovido pela ADIT Brasil (Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil). Voltado para executivos de construtoras, fundos de investimentos, incorporadoras, redes hoteleiras e consultorias, o encontro objetiva fomentar a geração de negócios e troca de experiências entre os participantes.

Martín Dias, gerente executivo da ADIT Brasil, detalhou os projetos da entidade. ‘Nosso papel é priorizar o setor imobiliário e hoteleiro, trabalhando para gerar negócios, realizando cursos e missões técnicas para qualificar o mercado. O ADIT Invest é imperativo para o setor hoteleiro, que sofre para captar recursos e muitas vezes conta com poucas opções. Esse evento serve para mostrar novas oportunidades, desmistificando o mercado de capitais e fazer o setor crescer’.

Caio Calfat, presidente da ADIT Brasil, se mostrou otimista com o desenvolvimento da indústria da construção no País, com destaque para o mercado de multipropriedades. ‘É tamanha a importância desse mercado que despertou a necessidade de um manual que trouxesse orientações precisas para os empreendedores. A atividade está se ajustando em termos de características do produto, com alterações razoáveis do perfil dos primeiros empreendimentos para os atuais. Agora, é preciso melhorar os métodos de analisar o mercado e medir a capacidade de absorção dos projetos, de forma a minimizar os riscos para todos os envolvidos’.

Basílio Jafet, presidente do SECOVI, mostrou um perfil otimista do mercado imobiliário atual. ‘Esse é o Brasil que funciona, porque aqui realizamos negócios, gerando empregos e lucro. Agradeço a ADIT por usar a nossa casa para um evento tão importante. Estivemos no primeiro semestre focados na reforma da previdência e agora focaremos na reforma tributária e colocaremos as nossas demandas imobiliárias na mesa. Não podemos ficar fora desse processo e devemos nos envolver ativamente. O Brasil é um país com muitas qualidades e precisamos apostar nele. Temos uma taxa de juros cada vez mais próxima a de países desenvolvidos. Deixamos de ser um país de rentistas para ser um país de produtores. As vendas melhoraram, com incremento médio de 10%, em relação ao mesmo trimestre do ano anterior”.

No painel ‘Investidores do mercado imobiliário: passo a passo do investimento e como aproximar o mercado de capitais do setor produtivo imobiliário’, Margot Greenman, CEO e co-fundadora da Captalys, afirmou que o mercado imobiliário não diverge de outros setores. ‘Nesse momento estamos olhando em todas as áreas de investimento. Quando buscamos um investimento sabemos que teremos um sócio. Não acreditamos que o mercado mudará as preferências, mas a queda dos juros ajuda o investidor a correr mais riscos. A multipropriedade é uma tendência e mais uma característica do mercado brasileiro, mas é um desafio como qualquer outro investimento’.

Rossano Nonino, diretor executivo da Ouroinvest, destacou o setor de locação e de galpões logísticos. ‘Vemos oportunidades em todos os setores e estamos de olho em permutas, em investimento residencial, além de fundo para galpões de logística, o setor do futuro. Os novos empreendimentos sempre serão nossa prioridade e estamos prontos para investir”.

José Paim, CEO Maxcap, também deu um tom otimista para o painel. ‘As perspectivas são muito boas. Estamos otimistas e achamos que os fundamentos voltarão bastante fortes. Nos últimos 12 meses, São Paulo já lançou 47 mil unidades. Só em junho foram 9 bilhões em empreendimentos. Grande parte ainda é de habitação econômica, mas a classe média começa a reagir. Quanto à forma de buscar investimentos, não houve grandes mudanças, os princípios são os mesmos. O que mudou foram as oportunidades que antes estavam concentradas em grandes empresas. Ressalto o papel das multipropriedades, que têm margens altíssimas, mas carregam riscos inerentes muito fortes. Os investidores sabem disso. Se o empreendimento for mal, a recuperação é difícil, assim, o custo para financiamento é mais caro e precisa de garantias mais robustas. Temos mais de 500 milhões investidos nesse segmento’.

Rony Stefano, CEO da Sanctuary Properties, destacou as possibilidades do crowfunding. ‘Nos últimos dois anos percebemos o quanto essa ferramenta ajuda a alavancar recursos, mas ainda é pouco utilizada pelo mercado imobiliário. A maioria ainda dos projetos é financiada com recursos próprios. O crowfunding é uma forma rápida e segura de conseguir recursos e já é uma ferramenta regulamentada. Temos como exemplo para o mercado hoteleiro a plataforma Vivakey, uma solução para o setor com todas as ferramentas necessárias para operação e gestão de um hotel autônomo. É uma solução all-in-one que contempla PMS (Property Management System), Channel manager, Motor de Reserva, Meio de Pagamento e Controle de Acesso Exclusivo”.

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