Secovi Rio na mídia: Centro do Rio atrai a atenção das incorporadoras

Uma área com ampla oferta de transportes, comércio variado, serviços e equipamentos de arte, lazer, cultura — e imóveis com preços bem tangíveis para a classe média. Parece o bairro dos sonhos? Na verdade, é o Centro da Cidade. A ideia de transformar a região em um mix de imóveis comerciais e residenciais é um anseio antigo do mercado imobiliário, que vê ali características como as de outras grandes cidades do mundo.

— Morar no Centro é uma tendência de metrópoles, como Chicago, por exemplo. Hoje, nem todo mundo considera fundamental ter um carro e, por isso, viver em um lugar com tudo perto torna-se uma vantagem — observa o diretor de Incorporação da RJZ Cyrela, Carlos Bandeira de Mello.

A região do Porto Maravilha é um dos focos de atenção. A Companhia de Desenvolvimento Urbano do Porto está analisando propostas de quatro empresas interessadas em terrenos para construir residenciais. Além disso, a Construtora Cury lança ali, em maio, o primeiro de uma série de três edifícios com 19 andares e 470 unidades cada.

Por enquanto, a joia da coroa dessa região é o Skylux, da Tegra Incorporadora. De olho na demanda por imóveis de alto padrão, o empreendimento de 33 andares e 322 unidades será o mais alto da região e terá uma série de bossas: um painel de grafite com mais de 90 metros na fachada, espaços de coworking, vending machines nas áreas comuns e uma cobertura de uso comum com bar e piscina. A vista deslumbrante da Baía de Guanabara vai de brinde.

— A região recebeu muitos investimentos de infraestrutura nos últimos anos, mas ainda tem escassez de moradias, especialmente no segmento de alto padrão. Já a sua localização estratégica, abrigando escritórios e faculdades, e o preço acessível dos apartamentos compactos geram boa demanda tanto para usuários finais quanto para investidores. No futuro, essa área deverá ter um perfil misto, com empreendimentos novos e edifícios remodelados para uso residencial — aposta Mar Marcelo Parreira, gerente geral de incorporação da Tegra no Rio.

Menos carros

Nessa mudança de padrão, os carros ficam em segundo plano. Com VLT, ônibus e metrô na porta, eles podem ser dispensados por quem vai morar no Centro. E a legislação agora permite que edifícios localizados a até 800 metros de uma estação de transporte de média e alta capacidade ofereçam uma vaga para cada quatro apartamentos. Antes, valia uma vaga por unidade.

A alteração beneficia novas construções na região do Porto e empreendimentos que venham a surgir na outra área do Centro, que vai da Avenida Beira-Mar à Marechal Floriano, estendendo-se da Avenida Presidente Vargas até a Praça Onze. Um projeto que chega à Câmara dos Vereadores nos próximos dias prevê uma verdadeira revolução imobiliária para a região.

A ideia é mesclar imóveis comerciais e residenciais, incentivar o retrofit, permitir que prédios de escritórios sejam convertidos em apartamentos e criar um espectro de ofertas que abranja desde habitações de alto luxo até moradias sociais. Para as incorporadoras, é um bom negócio investir em uma região com infraestrutura completa e possibilidade de modelos variados de ocupação para venda ou locação, segundo Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi Rio.

— Na Avenida Beira- Mar, por exemplo, há prédios com imóveis enormes, que podem ser adaptados para moradias de alto luxo, com vista para a Baía de Guanabara — observa ele, que sugere inclusive a criação de um projeto-piloto para testar as possibilidades a partir de prédios já existentes, para ver o que dá certo e o que não funciona.

*Notícia divulgada no Jornal O Globo/Economia

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