Secovi Rio na mídia: pesquisa do Cepai revela que valor do metro quadrado para locação teve alta em junho

Junho está sendo um divisor de águas para o mercado de locação. Após amargar parte de março, abril e maio com queda na procura, estoque parado e contratos sendo renegociados para enfrentar os impactos da pandemia do coronavírus, o setor já começa a respirar mais aliviado. De acordo com levantamento do Secovi Rio (Sindicato da Habitação) feito para a coluna, o valor do metro quadrado em junho chegou a R$ 29,28. Para efeito de comparação, em março o valor do metro quadrado ficou em R$ 30,85, em abril, caiu para R$ 29,35, e maio fechou com R$ 28,98.

O mesmo reflexo é percebido na Apsa. “É sentido um início de retomada em junho, refletindo inclusive no valor do metro quadrado para locação. Muito apoiada nas ferramentas digitais para visita, como live dos imóveis e filmes ao invés de fotos. O consumidor está se habituando a esta nova jornada de contratação”, analisa Giovani Oliveira, gerente Geral de Imóveis da Apsa.

Na Precisão Empreendimentos Imobiliários, a alta na procura por um imóvel para alugar chegou a 40% nos meses de maio e junho. “São pessoas renovando aluguéis, com os proprietários mantendo os valores para evitar perder o inquilino, além de clientes procurando imóveis maiores por causa do home office e outros fazendo o movimento contrário: com o isolamento social, identificaram que precisam mudar para um imóvel menor, com um valor mais acessível”, comenta Daniele Souza, gerente de Locação da empresa.

Edison Parente, vice-presidente Comercial da Administradora Renascença, lembra que, embora o movimento de alta já esteja em evidência, os estoques nas administradoras continuam altos. “O mercado, nestes últimos três meses, está alugando apenas de 40% a 50% do seu estoque. E o valor do aluguel está, pelo menos, de 15% a 20% mais baixo do que estava antes do Covid-19”. Na Renascença, o tíquete médio está em R$ 1.100/mês”, explica Parente.

Os acordos entre proprietários e inquilinos, de acordo com Rafael Thomé, presidente da Abadi (Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis), chegaram a 30% em abril e a procura por novos contratos caiu cerca de 50% no mesmo período. “A estagnação causada pelo momento que estamos atravessando vem sendo superada aos poucos e a expectativa é a de que retornaremos aos patamares de janeiro de 2020”, frisa o presidente. Thomé aproveita para observar algumas tendências de mercado pós-pandemia. “Que impacto terão as demandas reprimidas desde março? Imóveis comerciais sofrerão queda no valor por conta do home office? E os imóveis maiores terão alta pela necessidade de um quarto a mais para escritório? Como a nova realidade econômica de algumas famílias afetará os números de mercado em residências menores? Ou as “fugas da cidade” por colaboradores que agora podem morar em qualquer lugar? São todas tendências que precisaremos acompanhar de perto”, conclui Thomé.

Alta de 4,4% de janeiro a maio

Com relação aos resultados de janeiro a maio, de acordo com pesquisa do portal Imovelweb, embora tenha registrado leve crescimento em abril e maio (1%), o valor de locação de um imóvel padrão (65m², 2 quartos e 1 vaga de garagem) cresceu 4,4% no período, ficando R$ 1.806/mês. Analisando a evolução dos últimos 12 meses, o bairro Maracanã (R$ 1.576/mês) registrou o maior aumento no valor médio do aluguel (14,3%). Bangu (13,6%) e Pechincha (11,4%) aparecem logo depois, com médias de R$ 1.019/mês e R$ 1.345,00/mês.

Cascadura (R$ 1.077,00/mês) apresenta a maior desvalorização, com índice negativo de 16,5%, seguido de Santo Cristo (R$ 2.184,00/mês) e Lapa (R$ 2.298,00/mês), com quedas de 15,6% e 9,5%, respectivamente.

Fonte: O Dia

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