Secovi Rio na mídia: imóveis mais baratos na Região Oceânica de Niterói

Itacoatiara, na Região Oceânica de Niterói, apresentou desvalorização de 6,3% no quesito venda de imóveis na variação de julho deste ano com o mesmo período do ano passado, segundo revelou o Sindicato da Habitação (Secovi) Rio.

O dado significa que os valores do m² em uma das áreas mais privilegiadas da cidade decresceram, em média, de R$ 6.460 para R$ 6.054, tornando-se ainda mais em conta fazer um negócio por lá.

A circulação em praias permanece restrita até 31 de agosto, conforme determinado pelo Gabinete de Crise contra o coronavírus, instituído pela prefeitura. Com diminuição de visitas nas areias, especialistas do ramo imobiliário acreditam que isso pode ter influenciado na desvalorização.

‘Tem esse fator das praias. É uma região mais turística, de passeio, e as pessoas acabam priorizando mais a questão da saúde. Com o isolamento, as pessoas estão preocupadas em se proteger e também segurar os orçamentos’, opinou Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi Rio.

Também ficou mais barato morar em Camboinhas, já que o bairro nobre teve variação negativa de 2,5%. No comparativo de julho/2019 e julho/2020, a média de preços diminuiu de R$ 7.244 para R$ 7.065.

Já em Piratininga, a redução nos preços do m² das propriedades imobiliárias caiu de R$ 7.208 para R$ 7.132, representando uma baixa de 1,0% na temporada.

Demais áreas de classe alta seguiram a tendência de desvalorização, como foi o caso de Boa Viagem (6,0%), São Domingos (5,5%), Ingá (3,0%), Icaraí (0,6%), Santa Rosa (0,6%), conforme apontado pelo Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais do Estado do Rio.

Nadando contra a maré

Valorizado em 11,3%, o bairro Maria Paula, em Pendotiba, mostrou-se contrário ao cenário de baixa nas outras áreas da cidade, ainda na variação julho/2019 e julho/2020. O Secovi Rio disse que valores do metro quadrado saltaram, em média, R$ 4.020 para R$ 4.473 na região.

Em Itaipu (2,5%), apesar da variação menor, houve valorização de mercado. O mesmo aconteceu em outras áreas como Gragoatá (1,2%), Charitas (0,6%), Centro (0,5%), Fátima (0,4%) e São Francisco (0,1%).

No último dia 3 de agosto, a Caixa Econômica Federal disponibilizou uma nova linha de crédito imobiliário para pessoa física. Por possibilitar o uso de imóveis como garantia, procedimento chamado home equity, a nova modalidade possibilita taxas de juros mais baixas.

‘Já existe uma leve melhora de financiamento’, acrescenta Leonardo Schneider, do Secovi Rio, fazendo um comparativo da realidade atual com o início da pandemia.

‘É uma modalidade de crédito pessoal muito usada nos Estados Unidos, que possibilita uma taxa de juros menor na comparação com outras modalidades de crédito pessoal e uma garantia mais sólida’, disse o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, ao fazer o anúncio por meio da página do banco no YouTube.

A contratação dessa modalidade, denominada Real Fácil Caixa, pode ser feita tanto para imóveis comerciais como residenciais.

‘Vamos oferecer três modalidades de taxas: corrigidas por TR [Taxa Referencial], IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo, o principal indicador inflacionário do país] ou taxa fixa’, explicou Guimarães ao informar que, neste primeiro momento, os imóveis usados como garantia têm de estar livres de ônus.

Compra de terrenos e construção

Guimarães anunciou, na ocasião, que o banco irá reduzir a taxa de juros cobrada de pessoas físicas para construção individual ou aquisição de lote individualizado.

A decisão levou em conta o fato de que as medidas de isolamento social, decorrentes da pandemia, despertaram o interesse por novas formas de habitação, com aumento da procura por casas com quintal, espaço e proximidade com a natureza, sem aglomerações ou elevadores.

No caso de lotes urbanizados, os valores financiados poderão variar de R$ 50 mil a R$ 1,5 milhão, com taxa de juros efetiva de até TR mais 8,5% ao ano. A cota de financiamento é de até 70% sobre o valor de avaliação do terreno. O prazo para pagamento da dívida é de até 20 anos.

Nas modalidades destinadas para aquisição de terreno e construção e de construção em terreno próprio, as taxas de juros podem chegar à TR mais 6,5% ao ano.

Fonte: Plantão Enfoco

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