Secovi Rio na mídia: com crise, cai preço do metro quadrado para venda e aluguel no Rio

O mercado imobiliário do Rio já sente os efeitos da crise causada pela pandemia de coronavírus. O valor do metro quadrado residencial para vendas caiu 1,34% em março em relação a fevereiro, segundo levantamento do Secovi-Rio. E os anúncios caíram 17,69% no mesmo período. No mercado de locação, o metro quadrado caiu 4,86% (de R$ 30,85 para R$ 29,25) e as ofertas, 14,85%.

– Já há uma queda considerável tanto na venda como na locação. Os proprietários não estão colocando nada para alugar nem para vender, o que se reflete nos preços – diz Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi- Rio.

Segundo Schneider, o mercado vinha em um momento positivo em 2020. A expectativa era de retomada este ano, em um cenário melhor do que em 2019. De acordo com dados do Secovi, o metro quadrado para locação começou o ano em R$ 29,24, passou para R$ 30,33 em fevereiro e depois R$ 29,35 em março.

No ano passado, o metro quadrado do aluguel já havia tido queda de 1,8%, chegando a R$ 29,30 em dezembro, de acordo com o estudo Panorama Secovi 2019. O pico de cobrança na cidade foi de R$ 45,90, em 2014 .

No mercado, a expectativa é que venham meses mais complicados, já que o setor é diretamente influenciado pelas questões econômicas.

– Não temos perspectivas de quando vai melhorar. Por ser um ativo mais conservador, neste momento de variação forte de bolsa da valores e de renda variável, o mercado imobiliário sempre é um porto seguro. Pode ser que as pessoas migrem os investimentos para a compra de imóveis, mesmo com a queda de liquidez.

Para quem está capitalizado pode ser um bom momento para a compra. Samuel Barros, professor de Finanças e Coordenador do Curso de Administração do IBMEC Rio, lembra que o preço do metro quadrado já está em um patamar bastante baixo, contudo, caso ocorra um agravamento da crise do coronavírus é possível que ele baixe ainda mais em período próximo.

– As pessoas que estão capitalizadas e aguardam o momento de compra podem aproveitar as ofertas atuais, negociar de forma mais agressiva, ou até mesmo aguardar alguns meses para comprar com um preço melhor, caso a tenhamos um agravamento da crise.

Para os proprietários, Barros afirma que é preciso identificar se a venda seria por necessidade ou não. Para os que não estão vendendo por necessidade, cabe a reflexão de que o mercado não retornará tão cedo aos patamares de preços elevados de alguns anos atrás.

– Aos que estão vendendo por necessidade tentar buscar a melhor proposta, negociar de forma calma e ofertar pelo valor que acredita que o comprador estaria disposto a pagar e que te faça ter interesse em vender. Investir em mercado imobiliário também é investimento de risco. Os resultados podem ser variáveis.

Fonte: O Globo

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