A revolução do blockchain e do bitcoin

Tecnologia utilizada para fazer a moeda virtual bitcoin circular no mercado, o blockchain poderá ter aplicações importantes no segmento imobiliário, na elaboração de documentos como registros de imóveis, convenções de condomínios e contratos inteligentes de locação, na captação de recursos por incorporadoras ou na implantação de sistemas de vendas integradas por corretoras. Além da descentralização, outras vantagens das transações utiliz Palestre realizada pelo Secovi Rio sobre qual a diferença entre bitcoin e blockchain?ando o blockchain são a simplificação operacional, a redução de fraudes, a segurança e a flexibilidade nos negócios.

Foi o que afirmou Ariano Cavalcanti de Paula, representante do International Blockchain Real Estate Association em Minas e CEO da Netimóveis Brasil, em palestra realizada pelo Secovi Rio nesta quarta-feira, no centro de convenções do Prodigy Hotel, Centro do Rio.

Um dos maiores estudiosos do tema no Brasil, Cavalcanti tirou uma das grandes dúvidas dos interessados pelo tema: “Qual a diferença entre bitcoin e blockchain?”. De maneira bem didática, ele resumiu: “O blockchain é a tecnologia que está por trás do bitcoin, moeda virtual lançada em 2009 por Satoshi Nakamoto”.

O especialista reconhece que o tema é bastante complicado, mas também fascinante. “Esse desconhecimento tem levado muitas pessoas a tratar o assunto como uma aventura digital, efêmera e insustentável. No entanto, quando se aprofunda no seu entendimento, compreende-se rapidamente que estamos diante da maior revolução digital depois da internet”, sentenciou.

O palestrante esclareceu que bitcoin é um conjunto de protocolos e algoritmos abertos e de livre acesso que, por meio da sua blockchain, estabelece uma rede global e descentralizada de notarização de transações. “É um software aberto, que qualquer um pode baixar, usar e conferir, que utiliza o princípio dos dígitos verificadores (hash) semelhante ao que é feito para os nossos CPF’s. No entanto, em vez de usar dois dígitos no DV (dígito verificador) o blockchain do bitcoin utiliza até 77 dígitos, alcançando uma margem de erro próxima de zero”.

A força do bitcoin

Palestra do secovi rio sobre bitcoin e blockchain

“Existem diversas moedas virtuais mas vamos nos ater ao bitcoin porque ele representa mais de 50% do total negociado mensalmente dentre todas moedas digitais (já existem mais de 800)”, completou o especialista, que mostrou dados impressionantes. Segundo ele, o Brasil negocia mais de R$ 600 milhões de reais em bitcoins por mês, o que já é maior que mercado de ouro futuro na BM&F.

No mundo, o volume mensal passa dos US$ 36 bilhões. “Pode não ser muito, diante do volume global de transações convencionais, mas está longe de ser algo irrelevante. Hoje existem várias exchanges (sites de câmbio de bitcoin e outras altcoins) e diversos mecanismos de pagamentos com essas moedas. É possível inclusive trocar bitcoins por um cartão pré-pago em dólar, euro e outras moedas no exterior. No Brasil e no mundo existem incontáveis estabelecimentos que aceitam as criptomoedas. Estamos falando de uma realidade incontestável”.

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