Especialista sugere fechar todas áreas comuns dos condomínios

Uma medida radical para combater o novo coronavírus (covid-19) é fechar todas as áreas comuns dos condomínios, ainda que desagrade a maioria dos moradores, principalmente as crianças. A sugestão é do vice-presidente do Sindicato da Habitação do Rio de Janeiro (Secovi Rio), Ronaldo Coelho Netto, e atinge piscinas, churrasqueiras, pista de caminhada, academia, parquinho. A entidade representa 35 mil condomínios no estado, onde moram e circulam cerca de 3,5 milhões de pessoas.

“O síndico tem o dever e a obrigação de vedar o uso das áreas comuns. Áreas de lazer, play, parquinho. Qualquer lugar de uso comum, tem que vedar, para evitar aglomeração. A gente sabe que isso, numa hora em que as pessoas estão em casa, fechadas, não é nada agradável, mas é o único meio de proteger a saúde de todos os condôminos. Não resta outra saída, a não ser radicalizar mesmo”, defendeu Ronaldo.

Além de praticamente interditar todas as áreas comuns, mesmo que para uma simples caminhada, o vice-presidente do Secovi Rio lembrou que outras medidas de segurança contra o possível contágio de Covid-19 podem ser adotadas.

“Tem várias outras medidas de prevenção e segurança, que são importantes lembrar numa hora dessa. Uma delas é usar o elevador com o menor número de pessoas possível ao mesmo tempo. Se chamou o elevador e já tem gente dentro, espera até poder ir sozinho”, disse.

Racionalizar trabalho
Ronaldo defendeu ainda que é preciso racionalizar a força de trabalho no serviço de limpeza, dando ênfase à higienização de locais onde se toca mais, em vez de áreas comuns, como varrição de calçadas e de escadas.

“É preciso exigir que os funcionários façam uma limpeza muito mais frequente onde as pessoas tocam mais, como maçanetas, corrimãos, portas blindex, botões de elevador e a própria cabine do elevador. Nesta hora o síndico tem que saber o que é prioridade e mudar um pouco o funcionamento do prédio. Não lavar as escadas, por exemplo. Tem que limpar bem a mesa do porteiro, onde todo mundo passa, deixa coisas e encomendas. Tem que limpar ali várias vezes ao dia”, ressaltou.

Outra questão que deve ser revista, segundo o vice-presidente do Secovi Rio, é a política de entrega de mercadorias, atividade cada vez mais comum e que tende a crescer, com o isolamento dos moradores nos apartamentos.

Fonte: Agência Brasil

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