Aluguel em risco

Todo novo inquilino que pretende se mudar no Rio faz automaticamente as mesmas contas ao ver um imóvel: aluguel, condomínio e IPTU. Além do imposto, que sofreu reajustes nos últimos dois anos (e que, em alguns casos, subiu mais de 300%), a taxa condominial tem sido um calo no sapato de quem vende ou aluga.

Dados do Sindicato da Habitação no Rio (Secovi Rio) sobre bairros na Zona Norte mostram que a proporção entre os valores do condomínio e do aluguel cresceu em oito bairros, na comparação entre os anos de 2014 e 2019. O maior aumento foi registrado no Méier, onde passou de 28,33% para 48,6%.

Segundo o vice-presidente do Secovi Rio, Leonardo Schneider, o peso da taxa de condomínio é mais evidente em bairros que tiveram muita oferta para locação.

– Com a grande procura, consequentemente os preços do aluguel foram negociados para baixo, aumentando a diferença da proporção. Ao mesmo tempo em que o aluguel é balizado pela lei de oferta e da procura, a taxa de condomínio foi aumentando, principalmente em decorrência dos reajustes nas folhas de pagamento.

O expressivo aumento no valor dos condomínios pode ser explicado por dois fatores: custo da mão de obra e inadimplência.

– As principais despesas podem ser divididas em mão de obra, própria ou terceirizada, que corresponde a uns 70%, e cerca de 10% no consumo de água. Os dissídios da categoria impactam diretamente no valor dos condomínios – avalia Luiz Barreto, presidente da administradora Estasa, lembrando que valem iniciativas para economizar água e luz ou negociar com os fornecedores.

 

FONTE: Extra

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