A prefeitura do Rio lançou, nesta semana, um programa voltado para oferecer subsídios de aluguéis comerciais na área do Centro da cidade, conhecida como ‘quadrilátero de ouro’, delimitado pela Praça Pio X (Candelária), a Avenida Rio Branco, a Rua da Assembleia e a Rua Primeiro de Março.
Segundo a iniciativa, todas as ruas dentro desse perímetro serão beneficiadas com ajuda, paga pelo município, no valor de R$ 75 por metro quadrado alugado para abertura de negócios voltados ao setor artístico-cultural. O benefício máximo, de até 192 metros quadrados por imóvel, pode chegar a R$ 14,4 mil para cada proprietário que se inscrever no edital de chamamento público. Mais informações podem ser obtidas por e-mail cpl@cdurp.com.br.
O objetivo do projeto, segundo o secretário Chicão Bulhões, é fomentar o bairro com espaços direcionados à arte e cultura. “Escolhemos trechos do Centro que sempre tiveram vocação comercial e estão ociosos. Queremos oferecer estímulos para reativar atividades, inclusive com ateliês e ações ligadas à área artística e cultural”, disse em entrevista ao Jornal Extra.
A iniciativa é fruto de uma articulação entre a Secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação e a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPAR).
O Secovi Rio, por meio do Centro de Pesquisas e Análise da Informação (Cepai), foi um dos órgãos responsáveis por fornecer indicadores sobre o mercado imobiliário da região à prefeitura para auxiliar o poder público na elaboração de estudos e iniciativas estratégicas para a área.
“Tivemos uma reunião com o CCPAR no início do ano em que pudemos apresentar dados estatísticos sobre o segmento de locação comercial nas ruas contempladas pelo projeto, entre eles, o valor do metro quadrado e o número de espaços vazios. O Secovi Rio é referência nesse tipo de análise e acredito que por isso fomos procurados. A expectativa é que a iniciativa fomente não apenas a cultura, mas gere desenvolvimento para a economia local, além de atrair novos inquilinos e dar mais movimentação ao Centro“, disse Maurício Eiras, coordenador do Centro de Pesquisas e Análise da Informação.