Caixa dispõe de R$ 82 bilhões para habitação este ano

Desde o lançamento do Minha Casa Minha Vida, em 2009, que elevou o patamar da habitação no país, a Caixa Econômica Federal passou a responder por 90% de todas as contratações do programa, além de se manter como o principal agente financeiro da habitação de mercado. De 2007 a 2017, a Caixa investiu R$ 872,6 bilhões em habitação.
A participação do crédito imobiliário no crédito total cresceu de 5,1% para 20,2%, no período, tornando-se a principal carteira de crédito do país. A Caixa manteve seu protagonismo, respondendo por cerca de 70% da carteira imobiliária. O auge foi em 2013, quando foram concedidos mais de 1,9 milhão de financiamentos.
– Estamos falando de algo em torno de R$ 620 bilhões. A Caixa detém hoje R$ 430 bilhões de participação. Mas ainda temos muito a evoluir – afirmou o presidente do banco, Gilberto Occhi, em palestra no evento Todos pela Habitação.
Segundo ele, a carteira de crédito imobiliário da Caixa cresceu 6,3% no ano passado – a despeito da crise econômica que afetou em cheio o setor da construção civil – contra uma queda de 3,2% observada pelos demais bancos. Esse resultado levou a Caixa a deter 69% do total da carteira de crédito imobiliário do país.
O site da Caixa registrou 100 milhões de simulações habitacionais em todo o país, também no ano passado, a maior parte (39,9%) por pessoas com faixa de renda acima dos R$ 4 mil mensais e 38%, com renda entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. No Rio, foram 6,5 milhões de simulações no período, respectivamente, 50,8% e 30,9%.
Os números mostram um cenário animador para a habitação no país. Para este ano, o orçamento geral é de R$ 82 bilhões – mais de 70% são recursos do FGTS. O Rio de Janeiro vai ficar com R$ 5,8 milhões deste bolo.
– Estamos alinhados com o Ministério das Cidades na decisão de retomar as obras de 50 mil unidades que estavam paralisadas. Concluída esta etapa, vamos financiar a construção de 650 mil novas moradias, gerando oportunidades de trabalho e renda para muitos brasileiros.
“Além de construir moradias, queremos também gerar emprego e renda”
A distância entre as faixas 1 e 2 do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) levou o governo federal a criar, em março de 2016, uma faixa intermediária chamada de 1,5 (renda mensal entre R$ 1,8 mil e R$ 2,35 mil). Antes dela, ficava de fora do programa quem não conseguia se cadastrar na Faixa 1 (até R$ 1,8 mil) e não tinham renda para se enquadrar na 2 (R$ 3,6 mil a R$ 4 mil). A Faixa 1 agora é destinada a famílias remanejadas em função de obras do PAC, que vivem em áreas de risco ou que foram atingidas por desastres naturais. O presidente da Caixa explica que além de construir novas moradias, o governo pretende gerar emprego e renda com o programa.
Que benefícios a nova faixa trouxe, além de ampliar o acesso ao programa?
Com esta diretriz, queremos dar uma alavancada no MCMV, construir mais moradias e gerar mais emprego na construção civil. Além disso, a Caixa adotou uma cota menor de financiamento para imóveis usados no ano passado, porque são moradias que não fazem a economia circular, não geram emprego.
Como a Caixa avalia a questão do déficit habitacional?
Quando começamos o programa, o déficit era de 7,5 milhões de moradias. Foram construídas 5 milhões de unidades, mas o déficit não cai na mesma proporção, pois novas famílias são formadas, novas demandas são criadas, novas pessoas são inseridas no mercado de trabalho e querem ter sua casa própria. Com a construção das 650 mil novas unidades previstas e se o mercado como um todo fizer mais 150 mil, vamos reduzir o déficit para cerca de no máximo 10%, até o fim do ano.
Esta conta considera construções individuais?
Não. E elas representam 30%. Por isso, a Caixa e o Ministério das Cidades pretendem regular melhor este mercado e só admitir que pessoas jurídicas construam, mesmo que de forma individual, além de rever outras questões regulatórias.
CONHEÇA OS NÚMEROS DA CAIXA
Orçamento geral CEF em 2018
• R$ 58,8 BILHÕES DO FGTS
• R$ 12,7 BILHÕES DO SBPE
• R$ 6,1 BILHÕES DO FAR
• R$ 4,4 BILHÕES DE OUTRAS FONTES
• R$ 82,1 BILHÕES TOTAL BRASIL
• R$ 5,8 BILHÕES RIO DE JANEIRO
FGTS – FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO SBPE – SISTEMA BRASILEIRO DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO FAR – FUNDO DE ARRENDAMENTO RESIDENCIAL
 
Previsão de contratações em 2018
• 650 MIL UNIDADES HABITACIONAIS
Simulações habitacionais no site da CEF em 2017
• 100 MILHÕES NO BRASIL
• 6,5 MILHÕES NO RIO DE JANEIRO
(Fonte: O Globo, Informe Publicitário)

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